A VII Cimeira das Américas teve início, no Panamá, com o Presidente dos Estados Unidos e o seu homólogo cubano, Raúl Castro, a marcarem presença na cerimónia de abertura do evento.
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Obama e Castro, separados pelos presidentes do Equador e El Salvador, ficaram na segunda de três filas no centro de convenções da capital do Panamá, enquanto soava o hino nacional do país anfitrião do evento considerado histórico.
Segundo a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca Bernadette Meehan, os dois líderes cumprimentaram-se, com um aperto de mão, na abertura da cimeira.
Obama e Castro vão reunir-se hoje, à margem da cimeira, num encontro que figurará como o primeiro entre os presidentes dos Estados Unidos e Cuba em mais de meio século.
Esta semana, e antes da Cimeira das Américas, em que são aguardados progressos históricos entre Washington e Havana, os dois líderes falaram ao telefone, segundo revelou fonte oficial da Casa Branca que falou sob a condição de anonimato.
Na noite de quinta-feira, o secretário de Estado norte-americano e o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, John Kerry e Bruno Rodriguez, respetivamente, estiveram reunidos num encontro que figurou como o primeiro entre os chefes de diplomacia das duas nações em mais de meio século. Diplomatas norte-americanos indicaram que o último remonta a setembro de 1958.
A 17 de dezembro de 2014, Obama e Castro anunciaram em simultâneo uma aproximação histórica entre Washington e Havana, que não têm relações diplomáticas oficiais há mais de 50 anos. E, após o anúncio, as duas partes já realizaram várias rondas negociais.
Esta é a primeira vez que Cuba assiste à Cimeira das Américas, um fórum instituído em 1994 sob a égide da Organização dos Estados Americanos (OEA), da qual Cuba esteve excluída entre 1962 e 2009.
A cimeira, com a duração de dois dias, arrancou às 19:40 locais (01:40 de hoje em Lisboa), com a participação de cerca de 30 chefes de Estado.