O presidente do Governo espanhol vai tentar negociar a formação de um governo "estável", mas só com os partidos que defendam "a ordem constitucional" e "a unidade" de Espanha.
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Mariano Rajoy falava no final de uma reunião do Comité Executivo Nacional do Partido Popular espanhol (PP) destinada a analisar os resultados das eleições gerais espanholas, que os "populares" ganharam com 123 deputados, mas sem maioria absoluta.
Os resultados eleitorais obrigam qualquer um dos três partidos mais votados - PP, os socialistas do PSOE ou o Podemos (esquerda) a acordos de governo ou de legislatura não só entre si, mas também com pequenas forças políticas regionais ou nacionalistas.
O presidente do Governo espanhol considerou que a fragmentação do parlamento ditado pelos resultados eleitorais não pode constituir um "elemento de paralisia, bloqueio ou falta de ação", algo que seria "negativo para o interesse geral de todos os espanhóis".
Rajoy disse que vai reunir-se, para conseguir apoios de governo, com as forças políticas que "partilham com o PP" as mesmas ideias "quanto ao rumo constitucional, o rumo económico e social e a posição de Espanha na Europa".
O PP venceu domingo, com 123 deputados, as eleições em Espanha, que ditaram o fim do bipartidarismo, mas sem a maioria para formar governo, o que obrigará a negociações.
Dois dos vitoriosos da noite eleitoral são os partidos emergentes, o Podemos, de Pablo Iglesias, à esquerda, com 69 deputados, e o Ciudadanos, de Alberto Rivera, com 40 deputados.