Depois dos atentados de Paris, a maioria dos candidatos republicanos à presidência dos Estados Unidos defenderam, este domingo, o fim do acolhimento de refugiados sírios.
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Travar o acolhimento de refugiados sírios para evitar a possível entrada de simpatisantes do estado islâmico.
Numa entrevista à cadeia de televisão ABC, o senador Marco Rubio declarou mesmo que "não existe nenhuma forma de verificar os antecedentes dos refugiados que chegam da Síria". O candidato às primárias do Partido Republicano deixa mesmo no ar uma pergunta : "a quem podem pedir na Síria para fazer essa verificação?"
Jeb Bush, outro dos candidatos às eleições primárias norte-americanos, considerou que os esforços da política norte-americana "devem ser concentrados na proteção dos cristãos que estão a ser massacrados" na Síria.
Idêntica posição tem sido defendida por outros representantes republicanos depois dos atentados de Paris.
Em setembro passado, o presidente Barack Obama anunciou que o país vai acolher 10 mil refugiados sírios até setembro de 2016. Esta decisão foi apoiada pela candidata democrata Hillary Clinton, embora ela insista na necessidade de se proceder a uma seleção dos refugiados a acolher.
A Casa Branca veio hoje esclarecer que o processo de acolhimento obedece a critérios restritos e que os refugiados sírios chegam a "conta-gotas" ao território norte-americano.
Marco Rubio, Jeb Bush e o senador Lindsey Graham apelaram hoje à França que invoque o artigo n.º 5 do Tratado da NATO, que prevê que um ataque armado contra um país membro é considerado um ataque contra todos os países da Aliança. Lindsey Graham, entrevistado pela CNN disse mesmo que espera "que a França invoque esse artigo. O mundo deve assumir a guerra contra o EI".