
Olivier Hoslet/EPA
Cem pessoas foram detidas, esta quinta-feira, em Bruxelas durante uma manifestação junto ao local onde decorria a cimeira da União Europeia e na qual se debatia o projeto de acordo de livre-comércio entre os 28 e os Estados Unidos.
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Ao todo o protesto juntou cerca de 600 manifestantes que, de acordo com a polícia, tentaram "cercar" o local onde decorria a cimeira da União Europeia.
Os manifestantes, pertencentes a várias organizações sindicais e políticas de vários países, juntaram-se no bairro das instituições europeias distribuindo-se por grupos junto aos edifícios da Comissão, do Parlamento e do Conselho europeus.
De acordo com a polícia, os participantes no protesto bloquearam várias ruas no bairro Schuman, onde estavam reunidos os dirigentes europeus, pelo que foi chamado para o local um contingente policial.
Segundo a agência de notícias belga, a polícia efetuou cerca de 100 "detenções administrativas", na sequência de alguma "violência" entre os manifestantes e os agentes de autoridade.
O porta-voz da polícia, Christian De Coninck , disse que o objetivo dos manifestantes "era o de bloquear e de impedir a entrada dos dirigentes europeus na cimeira".
De acordo com a eurodeputada espanhola Marina Albiol, presente no protesto, os manifestantes detidos foram manietados pela polícia e permaneceram "duas horas" no chão, com as mãos presas pelas costas, e três pessoas foram hospitalizadas, duas por hipotermia e outra por epilepsia.
O jornal digital espanhol Publico.es referiu que três deputados regionais do partido da esquerda radical espanhola Podemos estão entre os detidos.
Os manifestantes contestam o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) UE-EUA destinado a suprimir as barreias alfandegárias entre os Estados Unidos e a Europa, porque receiam que tal implique um recuo do campo de ação dos governos em benefício das grandes empresas transnacionais.