A informação foi confirmada à RAI pelas autoridades do Porto de Bari. Em declarações á televisão italiana, o comandante do navio diz que ainda há fogo a bordo do ferry, mas que está controlado.
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O comandante acrescenta ainda que o navio não está a inclinar, como inicialmente se pensava, mas está ingovernável e à deriva seguindo em direção à costa da Albânia que se encontra a 14 quilometros de distância.
O incêndio do Norman Atlantic começou num dos andares inferiores da embarcação. Nele seguiam cerca de 500 passageiros e tripulantes e mais de 200 veículos. Estava a 44 milhas náuticas a noroeste da ilha de Corfu quando o alarme de incêndio disparou. Segundo o Ministério do Mar grego, entre os passageiros estavam 268 gregos, sendo a tripulação constituída por 22 italianos e 34 gregos.
A operação de resgate conta com vários navios que se encontravam perto do Norman Atlantic. Tanto a marinha grega como a italiana e albanesa já enviaram barcos para a zona. Alguns helicópteros também ajudam ao salvamento.
O ministro grego dos transportes já admitiu que a operação «é um dos salvamentos mais difíceis» que foram levados a cabo naquele país. A complicar a operação, estão os ventos muitos fortes e um mar muito agitado com ondas de seis metros.
Entretanto, as pessoas que ainda estão a bordo estão desesperadas e têm usado os telemoveis para lançar na rede twiter pedidos de ajuda. Outras há, conta a Sky news, que ligam para as televisoes gregas também a pedir ajuda e a descrever a situação em que se encontram. Contam que estao encurraladas na parte de cima do Norman Atlantic, rodeadas de fumo e cercadas por fogo em baixo e por uma tempestade em cima.
Um passageiro escreve que tentaram «baixar mais botes salva -vidas, mas nem todos puderam entrar neles. Não há coordenação» e acrecscenta que «está escuro e o fundo do ferry está em chamas». Um outro escreve que vê barcos aproximarem-se, que «vestiram os coletes salva-vidas para ver se se conseguiam salvar».
São mensagens que refletem a grande dificuldade desta operação de resgate feita sob mau tempo. Um porta-voz da guarda costeira grega diz que,por isso, as pessoas estao a ser retiradas lentamente, duas a duas.