Um forte sismo de magnitude 6 (Richter) atingiu hoje o oeste do Japão, ferindo, pelo menos, 15 pessoas e destruindo algumas casas. O sismo enganou um funcionário do governo japonês, que o confundiu com um míssel norte-coreano
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Apesar da intensidade do sismo nenhum alerta de tsunami foi determinado pelas autoridades japonesas.
O abalo aconteceu às 05:33 locais (21:33 de sexta-feira em Lisboa) perto da ilha de Awaji, a sudoeste da cidade de Kobe e a uma profundidade de 10 quilómetros.
O serviço geológico dos Estados Unidos, que controla a atividade sísmica a nível mundial, também mediu uma magnitude seis para o sismo, embora tenha localizado o epicentro a cinco quilómetros de profundidades.
O sismo de hoje foi o mais forte a atingir a prefeitura de Hyogo desde 1995, quando um terramoto de magnitude 7,2 destruiu grande parte da cidade de Kobe provocando a morte a mais de 6.000 pessoas.
Um funcionário japonês anunciou, erradamente, o lançamento de um míssil norte-coreano em vez de ter enviado um alerta sobre o forte sismo que esta madrugada atingiu o oeste do país.
O funcionário do Ministério dos Transportes em Osaka enviou um email previamente escrito para 87 aeroportos do país anunciando o lançamento de um míssil da Coreia do Norte.
O mesmo funcionário estaria, no entanto, a tentar enviar uma mensagem para apurar eventuais danos em aeroportos imediatamente após o sismo de magnitude 6,3 na prefeitura de Hyogo.
No entanto, em vez do email sobre o terramoto, enviou o alerta de lançamento de míssil e demorou seis minutos a corrigir a informação.
Apesar de não ter causado o pânico, a troca da correspondência eletrónica provocou o atraso num voo doméstico.
O Japão está em alerta máximo devido à possibilidade de Pyongyang lançar, em breve, mísseis de médio e curto alcance numa altura em que a tensão na região continua elevada.
Além da Defesa no Mar do Japão, o governo nipónico já instalou defesas antimíssil em Tóquio, nomeadamente no Ministério da Defesa.