Dezasseis civis e 19 membros das forças do regime foram hoje mortos na região de Deraa, no sul da Síria, assolada desde meados de Março por um movimento de contestação sem precedente, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
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Segundo um despacho da agência AFP, que cita a referida organização não governamental (ONG), com sede no Reino Unido, os 16 civis foram mortos por tiros das forças de segurança em diversas localidades de Deraa, epicentro da contestação ao regime do presidente sírio, Bachar al-Assad.
Por outro lado, a mesma fonte adianta que 19 elementos do exército regular e de forças de segurança foram abatidos por alegados desertores em confrontos na referida região.
A repressão da contestação na Síria, que entra na terça-feira no nono mês, causou 3500 mortos, de acordo com dados das Nações Unidas.
Também hoje, e segundo informação dos comités de coordenação local, pelo menos 14 pessoas foram mortas na Síria, a maioria em Homs, numa nova jornada de repressão contra os opositores do regime.
Esta rede de activistas indicou que dez pessoas morreram em Homs (centro), zona que tem sido alvo de ataques militares com artilharia.
Três pessoas perderam a vida na província de Idleb e uma outra foi morta a tiro pelo Exército num controlo militar na localidade de Enjel, na província meridional de Deraa.
No sábado, a Liga Árabe suspendeu a participação da Síria nas reuniões desta estrutura e ameaçou impor sanções ao país.
Hoje, Damasco reagiu à decisão da Liga Árabe, que classificou como «um passo perigoso», afirmando-se vítima de «uma conspiração».