O Procurador Federal revelou que o homem que esteve envolvido nos atentados de Paris, Salah Abdeslam, continua em fuga. Polícia e exército belgas lançaram operações em Bruxelas, Liège e Charleroi.
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O homem mais procurado na Europa por estes dias continua a monte. Na noite deste domingo, a polícia e o exército belgas isolaram vários pontos da capital belga, Bruxelas, e realizaram operações também em Liège e Cherleroi. 16 pessoas foram detidas.
O Procurador Federal belga confirmou que há também um ferido. No bairro de Molenbeek, um carro tentou atropelar a polícia e conseguiu fugir, tendo sido parado pela polícia perto do centro de Bruxelas. Não foram encontradas nem armas nem explosivos. Ao todo foram realizadas 19 operações.
Uma noite agitada
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Unidades especiais da polícia belga efetuaram uma operação antiterrorista no centro de Bruxelas, nas proximidades da Grand-Place. Ao final da tarde, a polícia recebeu ordem para estar preparada para uma operação que decorre no centro da capital. As forças de segurança estão entretanto a apelar aos cidadãos para se manterem calmos e respeitarem as indicações que forem sendo dadas.
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Várias pessoas adiantaram nas redes sociais que foram aconselhadas a não se aproximarem das janelas, enquanto a polícia bloqueava as ruas adjacentes.
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Os agentes da polícia e elementos do exército, fortemente armados, criaram um perímetro de segurança em redor da Grand-Place, à qual não é possível aceder.
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As autoridades pediram que não sejam revelados detalhes sobre as investigações, enquanto elas decorreram. Os belgas reagiram de uma forma muito curiosa, colocando gatos, no Twitter.
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Os funcionários públicos de várias áreas estão a ser aconselhados a verificar o email, porque muitos dos serviços vão pedir às pessoas que trabalhem a partir de casa.
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Já esta tarde, o primeiro-ministro belga, Charles Michel anunciava que se mantém na segunda-feira o nível de alerta máximo na região de Bruxelas porque as autoridades consideram que permanece uma "ameaça séria e iminente" de ataques terroristas.
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Na segunda-feira todas as linhas de metro continuarão encerradas e as escolas da região de Bruxelas fechadas, o que se aplica também às universidades e escolas superiores, estando prevista uma nova avaliação da situação à tarde.
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Noite de tensão máxima, tarde de nervos
Um belga, de 22 anos, está a caminho da estação de comboios para regressar a casa, mas a rua está cortada. É um militar quem dá as primeiras informações. A razão do desvio é um alerta de bomba, por causa de uma mala abandonada. Os militares estão no local.
Repetem-se os falsos alarmes. À entrada da Grand-Place, a polícia detém uma pessoa na rua, perante os olhares dos poucos turistas.
Um francês que veio de Paris conhecer Bruxelas recusa-se a mudar hábitos por causa do terrorismo. Também o gerente de um dos poucos cafés abertos, na Galerie Royal, diz que a renda de casa é para pagar. É preciso trabalhar e a vida não muda. Ainda assim, relata que alguns funcionários ficaram em casa, com receio dos ataques.