Foi aprovado com ampla maioria e apesar das dissidências no Syriza, o segundo pacote de medidas acordado com os parceiros da zona euro. Tsipras acena com melhoria das condições previstas no acordo com os credores.
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A proposta de lei, que inclui uma reforma do Código Civil, um esquema de proteção dos depósitos bancários e medidas para reforçar a liquidez dos bancos, foi apoiada por mais de 200 deputados - uma clara maioria - na votação no parlamento composto por 300 lugares.
A aprovação das medidas era um requisito prévio para iniciar as negociações sobre o terceiro resgate.
Desta vez, foram um pouco menos os representantes do Syriza que votaram contra. Mesmo assim, ainda houve 36 deputados do partido de Alexis Tsipras, que não estiveram ao lado do governo.
O antigo ministro das finanças foi um dos que esteve contra, na primeira votação, há uma semana, e agora votou a favor.
Yanis Varoufakis explicou que mudou o sentido de voto, apenas para ajudar o governo a ganhar tempo. Varoufakis continua a pensar que a nova austeridade vai falhar.
Antes da votação, o primeiro-ministro grego afirmou que a aprovação das reformas acordadas com a zona euro é apenas um passo para negociar as condições de um terceiro resgate, e garantiu que o governo vai procurar "alianças" para "melhorar" o programa final.
"A partir de amanhã [hoje] há que negociar outra vez as condições do acordo. Temos de utilizar cada aliança na Europa para melhorar o acordo final", disse Alexis Tsipras, ao intervir no debate parlamentar.
O chefe do Executivo de Atenas reiterou que tem de aplicar um acordo em que não acredita, mas destacou que ninguém pode "afirmar que a autoria do programa pertence ao governo grego".