Os confrontos de domingo, que provocaram 24 mortos e pelo menos 200 feridos, foram os piores episódios de violência desde a revolta popular que afastou do poder Hosni Mubarak.
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Tudo começou com uma manifestação dos cristãos coptas, há muito perseguidos no Egipto, que sairam à rua revoltados com mais um incêndio numa igreja cristã.
A resposta veio com carros incendiados ataques a veículos militares das forças de segurança, e apedrejamentos dos policias e militares.
O recolher obrigatório voltou a ser declarado, durante a noite para travar uma tragédia que parecia alastrar em roda livre.
Mais de mil militares foram colocados nas ruas para travar o ambiente de motim urbano. Para já, o despertar não trouxe notícias de mais violência, mas da noite fica o registo de 24 mortos, a maioria civis, e mais de 200 pessoas feridas, podendo este número ser ainda actualizado.
A agência de noticias egípcia fala em muitas detenções, mas não há um número oficial.
Numa declaração ao país, a noite passada, o primeiro-ministro Esam Sharaf, acusou os cristãos coptas de estarem a liderar uma conspiração contra o Egipto e apelou à unidade nacional.
O momento politico é decisivo. As eleições estão marcadas para 28 de Novembro, mas já esta semana começa a fase de apresentação das candidaturas.
Serão as primeiras eleições desde a a revolução que em Fevereiro, a partir da Praça Tahrir fez cair Hosni Mubarak.