Pela primeira vez em 40 anos, os Estados Unidos ultrapassam a Arábia Saudita na produção de petróleo, de acordo com o relatório anual do setor publicado pela BP há 64 anos.
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São vários os motivos para o setor petrolífero norte-americano ser agora o líder global, pela primeira vez desde 1975.
Só o ano passado, a procura e consumo de energia registou uma mudança quase "sísmica", a nível da estrutura, ou seja, a procura registou um crescimento fraco de 0,9%, o mais baixo de sempre desde a década de 90. O consumo energético na Europa caiu 3,9% e as fontes alternativas dispararam.
As renováveis registaram o crescimento mais rápido a nível mundial e são agora responsáveis por um terço do aumento no uso global de energia. Já as emissões de CO2, resultantes do consumo de energia, aumentaram apenas 0,5% o valor mais baixo desde 1998.
Mudanças que tiveram impacto tanto no preço, como no consumo. A nível dos preços, a queda acentuada do petróleo, atribuída ao reforço de fornecimento por parte da OPEP, atingiu níveis recordes de produção.
Já o crescimento do consumo de carvão estagnou na China e também foi fraco o crescimento do consumo de gás natural, justificado com o inverno ameno na Europa.
Fatores que contribuíram para que os EUA se tornassem líder global pela primeira vez em 40 anos, ao ultrapassar a Arábia Saudita a nível de produção de petróleo e também ao superar a Rússia, como maior produtor mundial de gás.