Desde 1963 que não havia banca estrangeira em Myanmar, antiga Birmânia, devido à ditadura militar. Mais de 50 anos depois, abriu esta quarta-feira uma sucursal de uma instituição bancária japonesa em Rangum, numa medida para atrair investimentos para o país.
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O governador do banco central birmanês, Kyaw Kyaw Maung, afirmou que a abertura de uma sucursal do Banco de Tóquio-Mitsubishi UFJ "é uma nova etapa" e espera que a medida permita reforçar a economia através de mais investimentos e financiamento às empresas.
O banco japonês indicou que a sucursal de Rangum vai fornecer "serviços bancários completos, incluindo depósitos, empréstimos e câmbios, a empresas estrangeiras e locais em Myanmar".
Dois outros bancos - o japonês Sumitomo Mitsui Banking Corporation (SMBC) e o de Singapura Oversea-Chinese Banking Corp (OCBC) - também foram autorizados a iniciar operações na antiga Birmânia.
O OCBC, que deve abrir a representação birmanesa na quinta-feira, indicou recentemente ter registado um "aumento significativo dos pedidos de clientes que pretendem explorar as oportunidades de crescimento da Birmânia".
Esta instituição esteve implantada no país até 1963, época em que a ditadura militar, que tomou o poder em 1962, nacionalizou todos os bancos.
O governo quase civil, que substituiu em 2011 a junta militar, lançou grandes reformas nos últimos anos, permitindo o fim das sanções internacionais e um interesse crescente das empresas estrangeiras pelo país.