Foi o que fez o grupo japonês Mitsubishi aos antigos prisioneiros de guerra norte-americanos forçados a trabalhar nas suas minas durante a II Guerra Mundial.
Corpo do artigo
Hikaru Kimura, um dos responsáveis da empresa, endereçou no domingo "as suas desculpas cheias de remorsos" a James Murphy, de 94 anos, um dos prisioneiros norte-americanos forçados a trabalhar no Japão.
Murphy aceitou as desculpas "sinceras e humildes".
[youtube:ISNRw4_E2Ts]
"Desde o fim da guerra há 70 anos, os prisioneiros de guerra que trabalhavam para essas empresas japonesas pediam algo muito simples: um pedido de desculpas", disse Murphy numa cerimónia no Centro Simon Wiesenthal, em Los Angeles, dedicado à memória do Holocausto.
"Esperamos que a bondade da Mitsubishi seja agora estendida a todas as outras minas e fábricas que usavam prisioneiros de guerra norte-americanos contra a sua vontade", acrescentou.
A Mitsubishi é, tanto quanto se sabe, a primeira empresa japonesa a pedir desculpas pela situação.
No total, cerca de 12 mil prisioneiros de guerra norte-americanos fizeram trabalhos forçados em empresas japonesas durante o conflito.
Noutra frente, a judicial, a Mitsubishi enfrenta nesta altura um processo movido por descendentes de centenas de chineses submetidos ao mesmo tratamento durante a Segunda Guerra Mundial.
Na cerimónia deste domingo, os responsáveis da empresa não quiseram falar sobre o assunto.