700 emigrantes desaparecidos no Mediterrâneo, ONU fala numa crise humanitária sem precedentes
Cerca de 700 emigrantes estão desaparecidos no mar mediterrâneo, depois de a traineira onde viajavam com destino a Itália ter naufragado a 60 milhas da costa da Líbia, informam meios de comunicação social locais.
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Um barco de pesca egípcio naufragou no canal da Sicília, a cerca de cem quilómetros ao norte da líbia.
A guarda costeira italiana, citada pelo jornal Corriere Della Sera, diz que um navio da marinha mercante conseguiu salvar 28 migrantes.
Está em curso uma operação de resgate de grandes dimensões, conta a BBC. No mar estão 20 barcos e três helicópteros. O primeiro ministro maltês já admitiu no twitter que muitos dos desaparecidos estarão mortos. O jornal Times de Malta escreve que o barco se virou, quando a maioria dos que estavam a bordo, correram para o mesmo lado, à passagem de um navio da marinha mercante.
O barco que transportava os cerca de 700 imigrantes virou cerca das 00h de hoje, nas proximidades do sul da ilha italiana de Lampedusa.
Segundo a cadeia de televisão BBC, o primeiro-ministro de Malta Joseph Muscat já reagiu, dizendo que muitas pessoas podem ter morrido no naufrágio, e a porta-voz da agência de refugiados da ONU, Carlotta Sami, adiantou que, «no momento, há receio de que se trate realmente de uma tragédia de grandes proporções.»
O jornal italiano Corriere della Sera refere que o navio que lançou o pedido de ajuda para o resgate nacional da Guarda Costeira tinha bandeira portuguesa, com o nome "King Jacob", e salvou 28 dos imigrantes.
No resgate participam navios italianos e também barcos de pesca, diz a BBC, que cita a marinha de Malta.
Ouvida pela Rai News, uma porta-voz do alto comissariado da ONU para os refugiados, diz
que se trata de uma crise humanitária sem precedentes no mediterrâneo.
Esta porta-voz condenou também o que define como a brutalidade dos traficantes, que esgotam por
completo a capacidade dos barcos.