A Turquia pediu hoje uma reunião urgente aos seus aliados da NATO em Bruxelas sobre a situação no Iraque, depois de jihadistas terem sequestrado 80 cidadãos turcos na cidade de Mosul, incluindo pessoal do consulado.
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A Turquia tinha confirmado pouco antes o sequestro de 49 dos seus cidadãos por jihadistas no seu consulado em Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, e ameaçado com uma resposta dura caso sejam violentados.
Combatentes jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), com ligações à rede Al-Qaida, entraram hoje no consulado turco de Mossul e fizeram reféns cerca de 50 cidadãos turcos, entre os quais o cônsul.
Além disso, 31 camionistas turcos foram sequestrados na mesma cidade iraquiana por milicianos do EIIL, que na terça-feira tomou o controlo de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque.
De acordo com o jornal "Hürriyet", o EIIL entrou em contato com a companhia de petróleo turca, para que trabalham os camionistas, e exigiu um resgate de 5 milhões de dólares (cerca de 3,7 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) pela sua libertação.
«Já avisamos todas as partes de que se algum dano for infligido aos nossos cidadãos, a nossa resposta será absolutamente categórica», disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Ahmet Davutoglu, em Nova Iorque, num discurso transmitido pela cadeia turca NTV.
«A nossa prioridade é recuperar os nossos cidadãos. Não é a primeira crise deste tipo que vivemos», lembrou.