De acordo com a CEO da empresa, este pedido não deverá afetar a disponibilidade de produtos no mercado.
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A gigante norte-americana de cosméticos Revlon pediu proteção judicial perante a situação de falência que enfrenta, na sequência de problemas na cadeia de abastecimento e do surgimento de marcas concorrentes focadas em vendas online.
Segundo a agência de notícias AFP, numa ação judicial que entrou em tribunal na quarta-feira, através do formulário "Chapter 11", isto é, um mecanismo que implica a reestruturação de uma companhia, a empresa de cosméticos iniciou o processo para gerir a sua dívida, que se situa entre mil e dez mil milhões de dólares (aproximadamente entre 950 milhões e 9,5 mil milhões de dólares).
De acordo com a CEO da empresa, Debra Perelman, este pedido não vai afetar a disponibilidade de produtos no mercado, sendo que "permitirá à Revlon oferecer aos consumidores os produtos icónicos que são entregues há décadas, ao mesmo tempo que proporcionará um caminho mais claro para o crescimento futuro" da marca.
Se a falência for aprovada em tribunal, a Revlon espera receber 575 milhões de dólares (cerca de 547 milhões de euros) em financiamento dos seus credores. Detida pelo investidor bilionário Ronald Perelman e gerido pela sua filha, Debra Perelman, de janeiro a março, a Revlon reportou um prejuízo líquido de 67 milhões de dólares (63 milhões de euros).
A empresa, que inclui Elizabeth Arden, Almay e Britney Spears Fragrances entre as suas marcas, e tem operações em mais de 150 países, tem sofrido com a crise global da cadeia de abastecimento e a elevada inflação. Nos últimos anos, a Revlon tem também enfrentado uma concorrência cada vez mais dura, que prejudicou as suas receitas.