Presidente brasileiro contactou presidente do Banco do Brasil o que levou à retirada da campanha do ar.
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Uma campanha publicitária do Banco do Brasil foi retirada do ar depois de uma recomendação do Presidente Jair Bolsonaro. A decisão levou o diretor de Marketing do banco, Delano Valentim, a ser afastado do cargo.
O anúncio dirigido a um público jovem representava a diversidade racial e sexual, tinha diversos protagonistas, com diferentes estilos, e estava no ar desde o início de abril, com o intuito de chamar pessoas mais novas a abrirem conta no banco. Porém, no passado dia 14 de abril, o Presidente brasileiro terá visto as imagens e não gostou do conteúdo.
Assim, segundo contou o colunista Lauro Jardim, do jornal Globo, Bolsonaro ligou para o presidente do banco, Rubem Novaes, e pediu que a campanha fosse retirada.
"O Presidente Bolsonaro e eu concordamos que o filme deveria ser recolhido. A saída do diretor [de Marketing] é uma decisão de consenso, inclusive com aceitação do próprio", revelou Rubem Novaes, segundo a assessoria Banco do Brasil.
A comunicação do banco esclareceu que, até ao telefonema de Bolsonaro, o presidente do banco não tinha visto a campanha. Desta forma, a assessoria justifica que o anúncio foi retirado do ar por "faltarem outros perfis" de jovens, o que vai ao encontro com a avaliação feita por Jair Bolsonaro, e assegurou que vai procurar "adequar as suas campanhas publicitárias aos segmentos de público que deseja alcançar".
A assessoria da Presidência brasileira já informou que não vai comentar o caso.
Não é a primeira vez que Bolsonaro 'veta' campanhas
De acordo com o Estadão, está é já a quarta vez que o Governo de Bolsonaro determina a retirada de conteúdo por discordar do conteúdo.
Primeiramente, o Ministério da Saúde terá determinado a suspensão de uma campanha dirigida a mulheres transexuais por alegadas "incorreções técnicas", depois de ter estado seis meses no ar.
A campanha de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis que foi lançada no Carnaval também mereceu as críticas do Presidente brasileiro.
Um calendário sobre saúde e vacinas dirigido a adolescentes foi mandado recolher por ter informações sobre sexualidade por "não ficar bem" para crianças de oito e nove anos.