Michel Barnier avisa que há questões-chave que um eventual pedido de extensão terá de responder, caso contrário o aval dos 27 para um adiamento, não está garantido.
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O negociador da União Europeia, Michel Barnier, considera que é preciso avaliar as razões de um hipotético pedido de extensão, admitindo que, por essa razão, a resposta positiva dos 27 ainda não é uma certeza.
"Se a primeira-ministra May pedir uma extensão, antes do Conselho Europeu de quinta-feira, caberá aos 27 líderes avaliarem a razão e a utilidade de uma extensão", informou Barnier, justificando que "os líderes europeus vão precisar de um plano concreto do Reino Unido, para poderem adotar uma decisão informada".
Para já, Michel Barnier aponta várias "questões-chave" que um tal pedido de extensão terá de responder para poder ser aceite. "Vai a extensão aumentar as hipóteses de ratificação do acordo? Vai o Reino Unido pedir a extensão porque quer um pouco de mais tempo para trabalhar a declaração política? Se não, qual é o propósito e o resultado de uma extensão? E, como podemos assegurar-nos de que no final de uma eventual extensão, não voltamos à mesma situação, como atualmente", interrogou-se.
Barnier considera que sem respostas claras, uma extensão pode arrastar a incerteza por mais tempo, por isso, a dez dias da data marcada para o Brexit, deixa o aviso de que "todos devem agora finalizar todos os preparativos para um cenário de não acordo".
O negociador da União Europeia avisou ainda que as negociações para a retirada do reino unido não serão reabertas, independentemente de haver um adiamento da data da saída, dizendo que o acordo existente "é e continuará a ser o único em cima da mesa".