É o primeiro encontro desde que Mário Centeno foi eleito presidente deste grupo informal de ministros das Finanças da zona euro.
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Neste primeiro encontro durante o mandato do português, o Eurogrupo vai desencadear o processo de substituição de Vítor Constâncio do BCE. Vai ainda falar-se de Portugal, a propósito do relatório da troika após o resgate.
Mas, o tema principal será a Grécia, agora que o país se encaminha para o fim do terceiro resgate. Na primeira reunião, presidida pelo português, o Eurogrupo vai saudar os "progressos alcançados" pelo país, agora que estão aplicadas a maior parte das 113 reformas negociadas a troco do terceiro resgate.
Ainda com uma parcela por receber, os gregos olham com máxima expectativa para a primeira reunião dirigida por Centeno. Mas deste encontro não haverá luz verde para o desembolso de 6700 milhões de euros. A verba só deverá ser libertada no início de fevereiro, depois de uma nova avaliação, em que vai ser verificado se as restantes reformas estão ou não aplicadas.
Com o terceiro resgate prestes a terminar - no próximo verão -, Centeno começa a presidência com a missão de conduzir a Grécia até à independência financeira e a de preparar o período a seguir ao resgate.
Portugal também está na agenda do primeiro encontro dirigido por Mário Centeno, com um curto debate sobre o relatório da sétima missão de avaliação pós-resgate.
Um alto-funcionário do Eurogrupo, ouvido pela TSF, em Bruxelas, disse que esta é uma parte da reunião em que os ministros vão limitar-se a destacar a performance positiva da economia portuguesa.
Neste encontro, o Eurogrupo deverá também lançar o processo de substituição de Vítor Constâncio na vice-presidência do Banco Central Europeu. Trata-se de uma mera formalidade em que os governos serão convidados a apresentarem candidatos à sucessão do vice-preside português.
Constâncio foi eleito em 2010, para um mandato de oito anos que termina no final de maio. O nome do sucessor deverá ser anunciado em fevereiro. Nesta altura, o atual ministro espanhol das Finanças, Luis de Guindos, é apontado como favorito na corrida para a sucessão do português que coordena, no BCE, a supervisão da banca europeia.