Há cinco anos, a TSF ouviu o testemunho de Majad Radwan, um sírio que vivia em Alepo. Cinco anos depois, é refugiado na Turquia.
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Quando em 2013 contactámos, pela primeira vez, Majad Radwan ele multiplicava-se em esforços para conseguir apoios para as cinco escolas que mantinha abertas em Alepo.
Cinco anos depois, já refugiado na Turquia, ele mantém em funcionamento o Movimento para o Progresso e Prosperidade e continua a defender que a educação é prioritária. "O mais importante para tudo, neste momento, é evitar que haja uma geração de jovens iletrados. Deve haver educação, devem existir escolas. Sempre que houver gente educada nós ganhamos, mas sempre que houver iletrados, perdemos."
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Majad sempre viveu em Alepo, mas a dada altura teve de fugir porque a vida tinha-se tornado praticamente impossível com os ataques constantes, a falta de comida e de medicamentos.
Hoje, refugiado junto à fronteira, tenta entrar na Síria sempre que pode para levar ajuda à população. "Tentamos ajudar as pessoas que estão dentro do país. Tentamos também formas de chamar a atenção para o que se passa na Síria."
Quando a TSF lhe pede que regresse no tempo, até ao inicio das manifestações, e nos diga se se lembra do que sentiu a resposta é rápida: "Como se pode descrever a primavera quando vemos as flores, as árvores, a relva verde e as borboletas? As pessoas vieram para as ruas dizer que queriam liberdade, mas tudo foi sufocado porque os militares e a ditadura não quiseram abdicar de nada."
Majad está desiludido e considera que a comunidade internacional nada vai fazer em defesa dos sírios até que a guerra lhes entre em casa. Ele defende que o conflito pode acabar quando se transferir da Síria para a Europa, Estados Unidos, Turquia ou Jordânia. Este sírio quer, no entanto, deixar bem claro que não deseja que o sofrimento se espalhe.
Olhando para o futuro Majad Radwan tem apenas um sonho: Paz e Liberdade.