"A maioria deve-se a rotinas de estabilização." Quatro milhões de ucranianos sem energia após apagões
Presidente ucraniano revelou que estão programadas mais quebras de energia, esta quarta-feira, que prometem afetar toda a população.
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou, esta terça-feira, que cerca de quatro milhões de ucranianos se encontram sem energia em 14 regiões do país, incluindo a capital, Kiev.
O apagão deve-se, maioritariamente, a "rotinas de estabilização" e não tanto a emergências. No mesmo sentido, esta quarta-feira, estão programadas mais quebras de energia que prometem afetar toda a população.
No vídeo diário em que se dirige aos ucranianos, Zelensky anunciou que, durante o inverno, os bens essenciais serão isentos de impostos, no que o chefe de estado entende ser uma "decisão importante" para o bem-estar dos habitantes do país.
"Estão a tentar tornar o inverno numa arma terrorista contra a Ucrânia e a Europa", alertou o presidente ucraniano.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classificou esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.