No âmbito dos 100 anos de Mandela, John Volmink, ativista da luta anti-apartheid, falou à TSF sobre uma injustiça que marcou a sua vida.
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John Volmink, professor e pedagogo, esteve presente na conferência realizada em Lisboa, a propósito da passagem do centenário do nascimento de Nelson Mandela e, em declarações à TSF, explicou como é que o antigo Presidente da África do Sul o ajudou a pensar em "reconciliação".
"A minha irmã morreu porque esteve envolvida num acidente de carro e a ambulância que chegou dizia: "só para brancos"", começou por contar o à TSF o ativista da luta anti-apartheid.
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Nesse mesmo dia, John Volmink disse para si próprio: "o sistema acabou de matar a minha irmã. Isto era um problema nacional".
Saiu do país e tentou perceber por si mesmo "como é que se perdoa um sistema". "E quando Nelson Mandela foi libertado da prisão ajudou-me a perceber que não se trata de perdão, mas sim de reconciliação; trata-se de construir um sistema com o qual nos podemos identificar e reconciliar", realça.
Na conferência em Lisboa, o professor sul-africano recordou a capacidade de escutar e de criar empatia com Mandela, admitindo que teve um papel crucial e reconciliador em relação à população afetada pela violação dos direitos humanos.