Donald Trump já reagiu aos tiroteios do último fim de semana e condenou as redes sociais e videojogos que incitam a violência.
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Numa mensagem dirigida ao país, depois dos últimos ataques em El Paso e Ohio, Donald Trump demonstrou solidariedade para com as vítimas e sobreviventes, mas aproveitou também para esclarecer que o ódio, a xenofobia e a supremacia branca não têm lugar "nesta nação".
O Presidente norte-americano responsabilizou as redes sociais e os videojogos onde a violência se radicaliza e onde são apresentados os primeiros sinais, que poderiam prevenir os massacres.
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Donald Trump iniciou o seu discurso à imprensa com a apresentação de condolências às famílias atacadas em El Paso no último sábado e em Ohio, e fez questão de lamentar e repudiar os ataques a uma nação que diz estar de "luto".
A uma só voz, a nossa nação deve condenar o racismo, o fanatismo e a supremacia branca
O chefe de Estado norte-americano agradeceu às autoridades, que apelidou de "heróis americanos", e apontou também que já apresentou a solidariedade com o governador de El Paso e com o Presidente mexicano.
Em contacto com o diretor do FBI, "para lhes fornecer seja o que for que seja preciso", Trump esclareceu que tudo fará para sinalizar a violência antes mesmo de esta resultar em futuros ataques.Num gesto de repúdio em relação à supremacia, xenofobia e ódio, Donald Trump posicionou-se: "Não têm lugar na América."
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Parar as mortes massivas passa por, na perspetiva e de acordo com as palavras do Presidente dos EUA, assinalar e assumir os "perigos das redes sociais", a quem culpa pela disseminação de preconceitos.
Essas ideologias sinistras devem ser derrotadas.
"A nossa nação tem de condenar a supremacia branca", disse mesmo Donald Trump, para que, segundo o estadista, se possa "tornar a América mais segura e melhor para todos".
O Presidente norte-americano asseverou que está em contacto com as agências federais e Departamento de Justiça, para que o possam auxiliar na legislação da pena de morte para autores de crimes desta natureza.
Aquele a que chama "terrorismo doméstico" deve-se, de acordo com Trump, às redes sociais e videojogos e à internet, que "forneceu uma via para radicalizar os ódios", para a "distribuição de droga e tráfico humano".
O ódio não tem lugar na América. O ódio distorce a mente, destrói o coração e devora a alma.
Ainda sobre as redes sociais, Trump garantiu que a responsabilidade de deter os ataques se encontra do lado das redes sociais, onde os sinais são inicialmente visíveis. Numa "cultura que celebra a violência", é necessário, diz Trump, identificar as pessoas "mentalmente doentes", que são os verdadeiros "gatilhos das armas que conduzem os massacres".