Estudantes do ensino secundário e universitário vão estrear-se como trabalhadores nas assembleias de voto.
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Têm entre 16 e 20 e poucos anos. São todos estudantes, alguns ainda sem idade para votar, que aderiram ao projecto Poll Hero, nascido para dar resposta à falta de elementos nas assembleias de voto.
Um dos fundadores do projecto, Kai Tsurumaki, explica que o surto do novo coronavírus levou a uma grave insuficiência de trabalhadores eleitorais. A maioria tem mais de 60 anos e por serem mais vulneráveis ao coronavírus, não estão a aparecer este ano. Kai dá um exemplo que ilustra a grande carência: "em Filadélfia, há normalmente 8500 trabalhadores e nas primárias, só conseguiram arranjar 2500, ou seja, faltavam 6 mil, o que é enorme. Percebemos que tínhamos de fazer alguma coisa". Nasceu então, o projecto Poll Hero, com o objectivo de recrutar jovens, estudantes do secundário e das universidades, para compensar os trabalhadores em falta. Com a ajuda das redes sociais, o projecto mobilizou 35 mil jovens que vão estar nas mesas de voto, na terça-feira.
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Kai garante que são muitos os benefícios: os jovens são pagos. "Fica bem no currículo, se forem candidatos a um emprego ou à universidade", mas a principal motivação não tem a ver com o dinheiro, mas sim com o valor incalculável de um serviço que se presta à democracia.
O co-fundador do projecto Poll Hero acredita que estamos num momento de viragem. "É uma coisa que perdura", salienta Kai, "os jovens vão continuar a fazê-lo". É um envolvimento cívico de jovens heróis, a bem de uma eleição fácil, livre e justa.