O ministro das Finanças grego estreia-se, hoje, nas reuniões dos estados-membros da moeda única. O encontro que está a gerar muita expectativa vai colocar frente a frente o novo governo da Grécia e os parceiros com quem partilha o euro e que têm opiniões divergentes.
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O presidente do eurogrupo diz estar desejoso que seja encontrada uma solução e em Atenas, Yanis Varufakis afirma estar muito optimista.
Mas, posições parecem ainda muito extremadas, face ao plano que assenta na incapacidade evocada por Atenas para pagar a dívida grega. Por isso, será apenas o início do trabalhos que ainda vão tardar até estarem concluídos, de acordo com o que afirmou o presidente do Eurogrupo no debate semanal num canal de televisão holandês.
Dijsselbloem continua a defender que a Grécia têm ser capaz de pagar juros e dívidas, para se refinanciar. De outro modo continuará a depender dos outros. E, os outros são os credores que exigem condições que Atenas diz serem pesadas e impossíveis de cumprir.
Ainda assim, a imprensa helénica, avança que Varoufakis virá munido de um plano que prevê que 70 por cento das condições impostas pela troika sejam cumpridas. E os restantes 30 por cento ficam dependentes de 10 medidas surpresa que o ministro grego apresentará ao Eurogrupo.
Com esta estratégia, o ministro de Alexis Tsipras espera convencer o Eurogrupo e conseguir luz verde para emitir títulos do tesouro e utilizar os lucros que os bancos centrais obtiveram com a dívida grega.
Desta forma Yanis Varoufakis acredita que a Grécia conseguiria um financiamento de transição de 10 mil milhões de euros, válido até ao final de agosto, dando ao governo helénico, o tempo necessário para fechar o novo acordo com os credores internacionais.
Mas, na primeira vez que o Eurogrupo recebe o ministro das finanças do novo governo grego, em Bruxelas, a comissão europeia já tratou de baixar as expectativas sobre um acordo e, de Berlim, o ministro Wolfgang Schäuble já disse que não espera que os ministro concordem, nesta reunião, com o plano traçado em Atenas.