O presidente palestiniano, Mahmud Abbas, afirmou que «nunca renunciará ao direito de regresso» dos palestinianos refugiados, após uma controvérsia sobre declarações que fez a uma televisão israelita.
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«Eu não renunciei e nunca renunciarei ao direito de regresso», uma das principais reivindicações dos palestinianos, afirmou no sábado à noite em entrevista à cadeia de televisão egípcia Al-Hayat.
No dia anterior, em declarações à televisão israelita, Abbas tinha dito que não tencionava voltar a viver na sua casa de Safed, atualmente em território israelita.
«Quero ver Safed, tenho esse direito, mas não quero viver lá», afirmou.
As declarações foram condenadas pelo Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza, onde se realizaram manifestações de protesto, mas saudadas pelo presidente israelita, Shimon Peres.
«As palavras corajosas de Abu Mazen (como é conhecido Abbas) provam que Israel tem um verdadeiro parceiro para a paz», afirmou Peres em comunicado.
«São palavras importantes, devemos todos tratá-las com o maior respeito», sublinhou o presidente israelita.
«Falar de Safed é uma posição pessoal e não significa abandonar o direito de regresso. Ninguém pode abandonar o direito de regresso», esclareceu no sábado o presidente da Autoridade Palestiniana.
Todos os governos israelitas se têm oposto ao regresso dos palestinianos, actualmente mais de 4,7 milhões, alegando que isso ameaçaria a existência de Israel enquanto Estado e que os 6 milhões de judeus poderiam um dia ficar em minoria.