Sérgio Medeiros explicou à TSF os possíveis cenários para resgate.
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As autoridades da Tailândia preveem o agravamento de chuva para os próximos dias, o que poderá complicar as operações de resgate dos 12 jovens e do seu treinador que estão dentro de uma gruta há 10 dias.
Ouvido pela TSF, Sérgio Medeiros, monitor da Federação Portuguesa de Espeleologia, considera que a forma mais rápida de retirar das crianças da gruta é pela água, com a ajuda dos mergulhadores, mas avisa que será também a mais perigosa.
"Se optarem pelo transporte das crianças pela mesma passagem, recorrendo a material de mergulho, por muita formação que possam dar aos miúdos dentro da cavidade pode correr mal, no fundo são pessoas inexperientes que estão a experimentar uma primeira vez numa situação perigosa", explicou o especialista.
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Sabe-se que os jovens estão presos numa zona da gruta mais alta e seca, o que permitiu que sobrevivessem durante os nove dias, mas Sérgio Medeiros refere que a zona, "à partida, não vai encher até ao teto, ou seja, se a água subir poderão trepar pela rampa de argila onde foram filmados".
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"Acredito que tentem dar-lhes o máximo de mantimentos possível e pô-los o mais cómodos possível antes que chegue a cheia que possa complicar os trabalhos. Estar no local em que a escuridão é total, não ter acesso, a água, a luz, a comida... pode-se entrar num desespero muito grande. Se estivermos com frio num sítio escuro e húmido em muito pouco tempo podemos entrar em paranoia", reforçou o monitor da Federação Portuguesa de Espeleologia.
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Neste sentido, Sérgio Medeiros ressalva que "correu bem porque como em quase todas as zonas do Globo a temperatura das grutas é a média da temperatura anual do exterior. A temperatura dentro daquela gruta rondaria os 24/25 graus, o que jogou a favor deles. Se fosse no caso de Portugal duvido que aguentassem nove dias porque a temperatura lá dentro rondaria os 17/18 graus e seria muito difícil".
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