"Absolutamente catastrófico." Zelensky em Kherson garante esforços para ajudar população afetada por inundações
Presidente ucraniano promete esforços para conseguir resgatar pessoas isoladas pelas cheias provocadas pelo rebentamento da barragem Nova Khakovka.
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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou esta quinta-feira à região de Kherson onde irá visitar as zonas mais atingidas pelas cheias após a destruição da barragem de Nova Khakovka.
As autoridades ucranianas falam em pelo menos três mortos, um número que contrasta com as forças russas, que controlam a região. Os meios de comunicação estatais russos avançam que as inundações provocaram até ao momento sete mortos.
Os serviços de socorro ucranianos conseguiram retirar das zonas mais afetadas cerca de 2000 pessoas. A destruição da barragem submergiu cerca de 600 quilómetros quadrados, segundo a administração militar de Kherson.
Kiev acusa a Rússia de explodir intencionalmente a barragem que fornecia água potável à Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, e à central nuclear de Zaporijia.
O Presidente ucraniano denunciou, numa comunicação à nação, que a Rússia continua a bombardear a parte da província de Kherson sob controlo do Governo de Kiev, enquanto as equipas de resgate tentam salvar vítimas do transbordo de uma barragem.
"A evacuação continua. Sob fogo! A artilharia russa continua a disparar, sem que nada importe. Selvagens, disse Volodymyr Zelensky, que voltou a classificar como "ato terrorista" russo a destruição da barragem e da Central Hidroelétrica de Nova Kakhovka, que causou graves inundações.
Zelensky também afirmou que a situação na parte ocupada da província de Kherson é "absolutamente catastrófica". Segundo o Presidente, "os ocupantes simplesmente abandonaram as pessoas nestas terríveis condições".
De acordo com o Presidente ucraniano, as autoridades impostas pelas Rússia na região abandonaram a população à sua sorte, "sem água" e "nos telhados das localidades inundadas".
"E isto é outro crime deliberado da Rússia: depois de o Estado terrorista ter causado o desastre, também maximiza os danos causados", disse.