O acampamento de manifestantes na Puerta del Sol em Madrid vai ser «reestruturado» mas não será levantado este domingo, estando agora a ser definidos os elementos práticos para resolver os problemas logísticos desta acção.
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Esse é um dos elementos centrais da «proposta de consenso» desenhada pelos moderadores da assembleia que está a debater o que fazer com o acampamento e o movimento 15 de Maio, e que ouviu dezenas de propostas sobre que medidas tomar.
Uma das intervenientes na assembleia deste domingo, que leu a «proposta de consenso», deu conta dos «inúmeros problemas» com que se depara o acampamento, desde falta de material, ao descontentamento com vizinhos e comerciantes da zona.
Problemas de convivência, dificuldades com a segurança e a alimentação e até a entrada de armas brancas e «máfias» no acampamento foram igualmente identificados como «essenciais» para determinar o que fazer na Puerta del Sol.
«Não vamos embora. O movimento continua. Reestruturaremos o acampamento porque somos responsáveis e conscientes dos problemas estruturais de convivência e utilização de materiais», refere a proposta.
«A existência do acampamento tem de estar dependente da resolução destes problemas. Vamos começar hoje a trabalhar no processo de reestruturar o acampamento que terá que definir os objectivos comuns e solucionar todos os problemas práticos», sublinha.
Essa reestruturação incluirá definir aspectos como a data final de retirada do acampamento, a coordenação com os acampamentos noutras cidades e outros aspectos da continuidade do movimento.