o Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados confessa estar muito preocupado com a situação. Tensão aumenta entre a Sérvia e a Hungria.
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A estrutura liderada por António Guterres diz-se especialmente chocado por ter testemunhado refugiados sírios, incluindo famílias com crianças,que tendo já sofrido bastante tenham sido impedidos de entrar na União Europeia, com o recurso a canhões de água e gás lacrimogéneo.
Na sequência dos confrontos desta tarde, a agência da ONU dá conta de que há vários refugiados feridos e muitas crianças separadas dos pais.
Num comunicado, o ACNUR afirma que medidas tomadas individualmente por cada país não resolvem o problema dos refugiados, antes pioram ainda mais uma situação que de si já é caótica.
É a posição assumida sobre à ação levada a cabo por Budapeste, que avançou com gás pimenta e canhões de agua sobre refugiados que permanecem na fronteira da Hungria com a Sérvia.
Entretanto, Belgrado protestou oficialmente junto de Budapeste. O governo sérvio diz que o gás foi lançado em territorio seu, o que considera inaceitável.
Tratou-se de um "ato brutal" e um comportamento "não europeu", acrescentou o primeiro-ministro da Sérvia.
Belgrado exige uma resposta da União Europeia garantindo que se a Europa não reagir, a Sérvia vai encontrar maneira de proteger as fronteiras.
O governo húngaro anunciou que foram detidos 29 refugiados, incluindo aquilo a que chama "um terrorista".
Ouvido pela TSF, o antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Francisco Seixas da Costa, mostra preocupação com esta tensão diplomatica entre os países vizinhos.