ACNUR denuncia ataques a trabalhadores humanitários e jornalistas em ilhas gregas
Nos últimos três dias, vários trabalhadores de organizações não-governamentais, jornalistas e um funcionário do ACNUR foram vítimas de ataques em várias ilhas por grupos de vizinhos que rejeitam a presença dos refugiados.
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O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) denunciou esta terça-feira ataques a um dos seus funcionários, membros de organizações que ajudam refugiados e jornalistas em várias ilhas gregas, pedindo ao Governo grego segurança para os trabalhadores humanitários.
"Denunciamos esses atos e pedimos ao Governo que garanta a segurança dos trabalhadores de organizações humanitárias", afirmou o ACNUR num comunicado.
Nos últimos três dias, vários trabalhadores de organizações não-governamentais (ONG), jornalistas e um funcionário do ACNUR foram vítimas de ataques em várias ilhas por grupos de vizinhos que rejeitam a presença dos refugiados.
Nas primeiras horas do domingo, desconhecidos atearam fogo a um alojamento temporário do ACNUR na ilha de Lesbos, um dos principais pontos de chegada de refugiados da Turquia.
Na noite passada, um armazém de uma ONG com roupas para refugiados foi destruído na ilha de Chios por um incêndio cujas causas ainda não foram esclarecidas, relataram os bombeiros à agência de notícias espanhola EFE.
O ACNUR referiu ainda que "nas últimas semanas as comunidades locais expressaram a sua raiva, com razão, pelos encargos excessivos que suportam pela presença de mais de 36.000 solicitantes de asilo em cinco centros com capacidade para menos de 6.000 pessoas".
Entretanto, aquela agência da ONU também observou que, nessas circunstâncias, é muito importante que comportamentos violentos permaneçam afastados.
O ACNUR também pediu ao Governo grego para agir com determinação para descongestionar as ilhas, especialmente Samos e Lesbos, e "administrar a situação atual de acordo com o direito internacional".