Acontece no Brasil. Mais de 60 candidatos às eleições municipais sob mandado de prisão
Polícia federal prendeu 19, mas sobram, entre os outros, três procurados por assassinato e um condenado por violação de vulnerável entre os concorrentes de dia 6 de outubro
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No dia 6 de outubro, os eleitores brasileiros podem eleger nas eleições municipais três vereadores com mandado de prisão por homicídio e um já condenado por violação de vulnerável.
Foi o que descobriu uma investigação do portal G1, que cruzou dados do sistema eleitoral e do banco de dados de mandados de prisão.
No total, 61 candidatos a prefeito ou vereador têm mandados de prisão expedidos contra si. A maioria, 47, por incumprimento no pagamento de pensões alimentares aos filhos, mas entre os demais há crimes de tráfico de droga, de roubo e de furto, além dos citados de homicídio e violação de menor.
Alertados pela notícia, agentes da polícia federal detiveram 19 daqueles candidatos na semana passada, mas já não podem prender mais ninguém, porque, segundo a lei, a partir de dia 22 de setembro e até dois dias após o sufrágio, a legislação eleitoral estabelece que os candidatos só podem ser detidos em flagrante.
Os acusados de homicídio são Djalma da Laranjeira, alvo de prisão preventiva por um crime ocorrido em São Paulo em 2016. Segundo o advogado de Laranjeira, ele desconhecia o processo.
Jobson Melo, candidato a vereador de Paudalho, Pernambuco, é alvo de prisão desde 3 de setembro numa investigação por homicídio. Ele alega ter agido em legítima defesa.
Nelson Guará, candidato a vereador de Varzelândia, Minas Gerais, é alvo de pedido de prisão expedido em 1997 e renovado em 2024 por um homicídio após discussão num bar. Ele não comentou a acusação.
E Celmar Mucke já foi mesmo condenado a nove anos de prisão por violação de vulnerável, mas concorre a vereador de Tupanci do Sul, no estado do Rio Grande do Sul.
