Acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza confirmado: começa domingo, tem três fases e prevê libertação de 33 reféns

Tel Aviv, 11 de janeiro de 2025: protestos nas ruas de Tel Aviv exigem um cessar-fogo e a demissão do primeiro-ministro israeita, Benjamin Netanyahu
Mostafa Alkharouf / ANADOLU / Anadolu via AFP
O acordo prevê a libertação de 33 de reféns. A primeira fase deverá durar 42 dias
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O primeiro-ministro do Qatar confirmou esta quarta-feira que um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza foi alcançado, estando previsto que entre em vigor no dia 19 de janeiro.
"A primeira fase será um cessar-fogo de 42 dias e a retirada das tropas israelitas a leste. (...) Incluirá também a entrada de ajuda humanitária em Gaza", explicou o primeiro-ministro, em conferência de imprensa, acrescentando que a segunda fase será negociada durante a implementação da primeira.
O acordo, que acontece após semanas de negociações meticulosas na capital do Qatar, promete a libertação de 33 de reféns israelitas mantidos pelo Hamas em várias fases, a libertação de centenas de prisioneiros palestinianos em Israel e permitirá que centenas de milhares de pessoas deslocadas em Gaza regressem ao que resta das suas casas
"Vamos colocar todos os esforços possíveis para acabar com a Guerra na Faixa de Gaza", disse Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani.
O primeiro-ministro do Qatar adiantou ainda que o acordo deverá entrar em vigor dia 19 de janeiro, próximo domingo.
Também o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, já tinha confirmado esta quarta-feira que o Governo de Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas chegaram a um acordo sobre a libertação dos reféns israelitas, que seria publicado "em breve".
"Temos um acordo sobre os reféns", saudou Trump, que toma posse no próximo dia 20.
Mais de 46.700 pessoas foram mortas em Gaza na sequência da ofensiva militar lançada pelas forças israelitas após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023. Cerca de 1200 pessoas foram mortas e 240 foram raptadas nesses ataques, das quais cerca de 100 estarão ainda detidas na Faixa de Gaza, desconhecendo-se o número de reféns mortos entretanto.
Notícia atualizada às 19h04
