As eleições para o Senado agendadas para 14 de outubro na Libéria, o país mais afetado pelo vírus Ébola, foram adiadas indefinidamente devido à epidemia.
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A Presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, decidiu adiar o escrutínio ao abrigo do estado de emergência decretado a 06 de agosto no país, refere o comunicado divulgado no 'site' do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Libéria.
A Comissão Eleitoral Nacional já tinha decidido cancelar, em agosto, todas as ações de campanha, previstas até 12 de outubro, mas a decisão sobre o escrutínio ainda não era conhecida.
Ellen Johnson Sirleaf, citada no mesmo comunicado, justificou o adiamento do ato eleitoral com «as medidas tomadas pelo governo no âmbito do estado de emergência para travar a propagação e erradicar o vírus», mas também com «a persistência da epidemia e as medidas de sobrevivência adotadas pela população que reduz os respetivos deslocamentos e contactos, necessários para um ambiente livre, aberto e transparente».
A Libéria é o país da África Ocidental mais afetado com a atual epidemia, que já fez, em termos globais, 3.865 mortos em 8.033 casos identificados, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), com dados recolhidos até 05 de outubro.
De acordo com os mesmos dados, a Libéria registou 2.210 mortes em 3.924 casos da doença.