Advogada do principal arguido diz em tribunal que o ataque ao Charlie Hebdo poderia ter sido evitado
Para além do ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, no qual morreram 12 pessoas, está também em causa a morte de uma polícia em Montrouge e de outras quatro pessoas num supermercado.
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O julgamento sobre o ataque à redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo recomeçou esta quarta-feira. Durante a sessão da manhã advogada do principal acusado começou por manifestar solidariedade com as vitimas de atentados, que diz, poderiam ter sido evitados.
Isabelle Coutant-Peyre defendeu que se os serviços secretos tivessem feito o que lhes competia nada teria acontecido. Os 3 homens que desencadearam os ataques estiveram sob vigilância até alguns meses antes dos atentados.
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O cliente que representa, Ali Riza Polat, é um dos dois arguidos a ser acusado de cumplicidade e pode ser condenado a prisão perpétua.
A advogada de defesa pediu depois que lhe fossem fornecidas informações sobre quem vendeu as armas para que essas pessoas possam ser acusadas de cumplicidade, um pedido que indignou os advogados que representam o lado civil no processo.
Indecência e odioso foram as palavras mais ouvidas os advogados criticam o facto de o pedido não ter sido feito antes do julgamento, segundo os representantes legais.
O advogado da revista Charlie Hebdo disseram aos jornalistas, ainda antes do arranque do julgamento, que não têm medo "do terrorismo nem da liberdade", acrescentando "no fundo o espírito da revista é este. Não renunciar às nossas liberdades".
O julgamento sobre os ataques terroristas de janeiro de 2015 em Paris, incluindo à revista satírica Charlie Hebdo, em que morreram 17 pessoas, começam esta quarta-feira em Paris, com 14 pessoas no banco dos réus e um júri especial.