Depois de se afirmar antieuro e antirrefugiados, o "Alternativ für Deutschland", o partido mais popular da extrema-direita alemã, tem um novo lema: "O Islão não faz parte da Alemanha".
Corpo do artigo
O manifesto, defendido no último congresso do partido, provocou a indignação de centenas de pessoas que se concentraram em frente ao local do encontro. Frank-Christian Hansel reconhece que "a maioria dos muçulmanos que vive na Alemanha é pacífica".
"Assumimos que são cidadãos perfeitamente normais, isso não é um problema. Mas o Islão tem uma ideologia própria e isso sim é uma preocupação". Um dos fundadores do AfD na cidade de Berlim, em entrevista à TSF, está convencido que "os alemães não querem que nos próximos trinta anos 60% da população seja muçulmana".
Outra das bandeiras do partido continua a ser a saída do euro: "A Alemanha devia sair da zona euro, juntamente com a Áustria e a Finlândia. Talvez a Suécia também se juntasse para, em conjunto, formarmos uma nova moeda".
Frank Hansel acrescenta que não compete ao partido dizer aos países o que fazer mas, no caso de Portugal e Espanha "o modelo económico continua a não encaixar com o euro. Não é vantajoso para estes países, nem mesmo para França. Portugal poderia partilhar a mesma moeda com Itália, Grécia, Espanha e França".
Acusado de populismo, o "Alternativ für Deutschland", fundado em 2013, começou com 4,7% dos votos, e agora já é apontado como a terceira força política do país.