A empresa dona da mina de Marikana, na África do Sul, informa hoje que há novos relatos de violência, desta vez num outro setor da exploração. Os trabalhadores da zona Leste foram intimidados a ficarem em casa.
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A concessionária da mina de Marikana tem tentado que a extração regresse ao normal mas sem sucesso.
O turno da manhã começou mas apenas 13 por cento dos mineiros se apresentaram ao trabalho, sendo que a maior parte mantém-se no exterior da mina determinado em manter a greve.
Os mineiros estão concentrados não muito longe do local onde há duas semanas 34 mineiros foram mortos num tiroteio com a polícia.
Também à entrada da mina, a policia vai controlando quem entra e à distância mantêm-se os veículos blindados da policia.
Depois de uma semana de luto nacional alguns mineiros querem regressar ao trabalho mas têm receio de o fazer. outros confessaram aos jornalistas que precisam do salário e já verificaram que a greve não está a resultar.
Na última semana houve reuniões do ministro sul africano do trabalho com a empresa concessionária da mina e com o sindicato dos mineiros.
Para a próxima quarta-feira está marcada uma nova reunião. O objetivo é chegar a um acordo evitar que futuras greves resultem em violência e responder de alguma forma à reivindicação dos mineiros que exigem aumentos salariais.