Netanyahu, o primeiro-ministro israelita, garante que os documentos alegadamente subtraidos aos "arquivos nucleares" do Irão são verdadeiros. Mas não falta quem conteste.
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A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) reitera "não haver qualquer indicação credível de atividades no Irão relacionadas com o desenvolvimento de armas nucleares após 2009".
Um porta-voz da AIEA afirmou à agência de notícias francesa France Press que o conselho declarou "que concluíram a revisão da questão", após o relatório apresentado em dezembro de 2015.
A França pediu hoje ao Irão "cooperação total" e transparência após as revelações do primeiro-ministro de israelita, Benjamin Netanyahu, sobre o alegado programa nuclear secreto, que, na opinião dos franceses reforça a pertinência do acordo alcançado em 2015.
Já o chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson, considerou que as recentes afirmações do primeiro-ministro israelita sobre o Irão, sublinham a importância do acordo nuclear concluído em 2015. "O discurso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre as pesquisas de armas nucleares do Irão mostra que precisamos do acordo nuclear. O acordo com o Irão não é baseado na confiança, mas em auditorias", escreveu Johnson na rede social Twitter.
Enfatizando "a importância de manter as restrições" que constam do acordo, Johnson lembrou que as "provisões de uma auditoria (...) tornariam mais difícil para o Irão reiniciar a pesquisa" nuclear.
"Esta é outra boa razão para manter o acordo, enquanto o desenvolvemos, tendo em conta as preocupações legítimas dos Estados Unidos e dos nossos aliados", acrescentou o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros.
Irão critica "supostas revelações" de Netanyahu sobre programa secreto de armas nucleares
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, acha estranho que as "supostas revelações de informações" do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, aconteçam pouco antes de Washington decidir se vai ou não abandonar o acordo nuclear.
"Que conveniente", disse Mohammad Javad Zarif na sua conta oficial da rede social Twitter, referindo que antes de 12 de maio, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai tomar uma posição sobre o acordo assinado em 2016 entre o Irão e seis potencias mundiais.
Nas imagens acima, a apresentaç~ao de Benjamin Netanyahu que garantiu que Israel dispõe de "provas concludentes" sobre um programa secreto iraniano para obter armas nucleares. O primeiro-ministro israelita assegurou que o seu governo obteve "meia tonelada" de documentos secretos iranianos que provam a existência de um programa de armas nucleares.
No dia 12 o Presidente norte-americano, Donald Trump, decide sobre a eventual retirada dos EUA do acordo internacional com o Irão.