A garantia surge depois do primeiro-ministro israelita ter denunciado um programa nuclear secreto no Irão.
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A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) volta a garantir que não há "qualquer indicação credível de atividades no Irão relacionadas com o desenvolvimento de armas nucleares após 2009".
Em declarações à agência de notícias France Press, um porta-voz da AIEA revelou que o conselho declarou "que concluíram a revisão da questão", após o relatório apresentado em dezembro de 2015.
Na segunda-feira, Benjamin Netanyahu anunciou que o seu país dispõe de "provas conclusivas" sobre um programa secreto iraniano para obter armas nucleares.
França já pediu ao Irão "cooperação total" e transparência. Em comunicado, o Ministério francês do Exterior considera que o pacto de 2005 vê a pertinência reforçada depois das declarações de Netanyahu, dado que "todas as atividades ligadas ao desenvolvimento de uma arma nuclear estão proibidas pelo acordo".
Também o chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson, considera que as recentes afirmações do primeiro-ministro israelita sobre o Irão sublinham a importância do acordo nuclear concluído em 2015.
"O discurso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre as pesquisas de armas nucleares do Irão mostra que precisamos do acordo nuclear. O acordo com o Irão não é baseado na confiança, mas em auditorias", escreveu Johnson na rede social Twitter.
Entretanto, um elemento da administração israelita revelou esta terça-feira que, no início de março, o primeiro-ministro informou Donald Trump das alegadas provas da existência de um programa de armamento nuclear de Teerão.
Nessa altura, o presidente norte-americano terá concordado que Netanyahu divulgasse essa informação antes de 12 de maio. Será nessa data que Trump decidirá se os Estados Unidos sairão do acordo assinado em 2015 com Irão a propósito do seu programa nuclear.