Agência Lusa e RTP expulsas da Guiné-Bissau. MNE português fala em decisão "censurável" e pede explicações
Não são conhecidas as razões para a decisão do Governo da Guiné-Bissau
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As delegações da agência Lusa, da RTP e da RDP foram expulsas da Guiné-Bissau, as suas emissões suspensas a partir desta sexta-feira e os representantes têm que deixar o país até terça-feira, por decisão do Governo guineense.
O Governo da Guiné-Bissau decidiu o encerramento das emissões da RTP África, RDP África e Agência Lusa com efeitos a partir desta sexta-feira.
Não foram avançadas razões para esta decisão.
Em comunicado enviado à TSF, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português repudia "veementemente" a decisão do Governo da Guiné-Bissau, que, considera o MNE, é "altamente censurável e injustificável".
"O Governo português, ciente da importância do trabalho destes órgãos de comunicação social para as populações de ambos os países e para a comunidade lusófona, em geral, tudo fará para reverter tal decisão. O Governo acompanha a situação com as administrações da Lusa, RTP e RDP. Dada a gravidade desta medida, convocou imediatamente o Embaixador da República da Guiné-Bissau em Lisboa para explicações e esclarecimentos junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Essa reunião terá lugar amanhã [sábado], dia 16 de agosto", lê-se na nota.
O MNE acrescenta que as relações de Portugal com a Guiné-Bissau "são e serão reflexo da profunda amizade entre os dois povos, constituindo uma prioridade da política externa portuguesa".
