James Clapper, disse perante o Senado que as autoridades responsáveis pelos serviços de espionagem estão abertas a nova regulação sobre os dados telefónicos que recolhem.
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James Clapper, que levou ao comité de informações do Senado um comunicado também subscrito pelo diretor da Agência Nacional de Segurança, Keith Alexander, afirmou que podiam considerar restringir o número de ligações telefónicas que os seus agentes podem vigiar e reduzir o tempo de armazenamento dos dados.
No entanto, James Clapper, que lidera a supervisão da Agência Nacional de Segurança, disse ser sua opinião que a «recolha de dados feita é legítima e que existem mecanismos de controlo para proteger a segurança e a privacidade».
«Não espiamos indiscriminadamente os norte-americanos ou pessoas no estrangeiro (...) só após a recolha de dados válidos em termos de informações», assegurou o mesmo responsável, ao responder numa comissão de investigação às revelações de Edward Snowden sobre as técnicas de espionagem norte-americana quer em território nacional, quer no estrangeiro.
Tanto James Clapper como Keith Alexander defenderam que o trabalho da Agência Nacional de Segurança visa garantir a segurança nacional, embora se tenham comprometido a melhorar a transparência e o controlo.
O antigo analista Edward Snowden revelou que os Estados Unidos guardavam imensos registos telefónicos, não o conteúdo, e que o governo podia, mediante uma ordem de um tribunal secreto, obter dados no estrangeiro em servidores de empresas norte-americanas.
James Clapper referiu que, seguindo as instruções do Presidente Barack Obama, passarão a ser revelados anualmente dados «agregados» dos programas de espionagem a estrangeiros efetuados pela Agência Nacional de Segurança.
Além das críticas internas, as revelações de Snowden fizeram com que governos como o brasileiro, mexicano e alemão pedissem explicações aos Estados Unidos sobre os alegados atos de espionagem e levaram mesmo a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, a cancelar uma visita a Washington.