
Buscas/AirAsia
Reuters/Adek Berry
As equipas de buscas detetaram entretanto dois «grandes objetos» no fundo do mar, que acreditam ser partes do avião.
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O avião da AirAsia, que se despenhou no domingo com 162 pessoas a bordo, voava num horário não autorizado, afirmou hoje o Ministério dos Transportes da Indonésia, revelando ter congelado a permissão para a companhia operar a rota.
O horário do voo do Airbus 320-200 da companhia aérea de baixo custo malaia, que descolou da cidade indonésia de Surabaia, com destino a Singapura, não tinha sido validado, afirmou o diretor-geral do transporte aéreo, Djoko Murjatmodjo.
«Violou a autorização da rota dada, o horário dado, esse é o problema», disse à agência AFP, acrescentando que, por isso, a licença da companhia aérea AirAsia para operar essa rota foi congelada até que as investigações ao acidente sejam dadas como concluídas.
Em comunicado, o porta-voz do Ministério dos Transportes J.A. Barata indica que a AirAsia não tinha 'luz verde' para fazer a ligação Surabaia-Singapura aos domingos e que não tinha pedido para mudar o horário dos voos.
As equipas que participam nas buscas pela fuselagem e corpos dos passageiros do Airbus A320-200 contam atualmente com a ajuda de investigadores estrangeiros para localizar as caixas negras, uma peça fundamental para determinar a causa do acidente ao largo da ilha do Bornéu.
Durante a noite, foram localizados dois «grandes objetos» no fundo do mar que se creem ser partes do avião. Estes objetos estão a 30 metros de profundidade, segundo o cehfe da Agência de Busca e Resgate, Fransiskus Bambang Soelistyo, citado pela agência Reuters. Os objetos estão a ser analisados com a ajuda de um veículo submarino operado remotamente.
As adversas condições meteorológicas e a forte ondulação dos últimos dias obrigaram à suspensão das buscas pelo avião, que se estima estar a uma profundidade de entre 25 e 32 metros.
Trinta corpos foram recuperados segundo o balanço feito na sexta-feira ao final do dia.