Ajuda humanitária na Faixa de Gaza melhorou e "recolha de lixo tornou-se prioridade" para prevenir doenças
Se a situação se mantiver, o especialista em ajuda humanitária acredita que a população poderá começar a recuperar.
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O responsável pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) afirmou que em abril a situação da ajuda humanitária na Faixa de Gaza melhorou. Numa conferência de imprensa em Nova Iorque, Philippe Lazzarini adiantou que, em média, 200 camiões têm entrado diariamente na região. Na segunda-feira até foram mais: 316.
Se a situação se mantiver, o especialista em ajuda humanitária acredita que a população poderá começar a recuperar. O apoio também já chegou ao norte da região e os camiões não foram saqueados.
Philippe Lazzarini considera que são boas notícas, mas com a chegada do calor receia o aparecimento de doenças e a recolha de lixo tornou-se prioritária.
"A recolha de lixo tornou-se uma prioridade de todos os nossos colegas para prevenir doenças", sublinhou Lazzarini.
Quanto ao relatório divulgado na segunda-feira sobre o funcionamento da agência, o responsável considera-o positivo e está disposto a implementar algumas das recomendações. A questão da neutralidade foi a que causou maior preocupação, mas Philippe Lazzarini garantiu que já existem alguns mecanismos para monitorizar o problema e está disposto a fazer mais perante a complexidade da situação.
"Perante a complexidade do ambiente em que estamos a trabalhar precisamos de ser extremamente vigilantes e fazer sempre mais", garantiu o responsável pela UNRWA.
Lazzarini admite que há recomendações que a agência não pode adotar sozinha e vai precisar da colaboração dos estados-membros. Como, por exemplo, no maior controlo das centenas de instalações que tem na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém.
O responsável explicou também que este organismo era apenas temporário, mas 75 anos depois continua porque não há uma solução política e defende que, passadas todas estas décadas, um processo de paz já não é suficiente. É preciso um processo de cura. No entanto, para isso o mundo tem de mostrar empatia pelos dois lados.
"Expressar compaixão e empatia pelas pessoas na região porque todos os que vivem em Israel e na Palestina merecem viver e merecem viver em paz e segurança", acrescentou.