Izaskun Lesaka, considerada uma das principais responsáveis pelo aparelho político da ETA, foi detida a 70 quilómetros de Lyon, em França, juntamento com outro etarra conhecido por "Makarra".
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Izaskun Lesaka, detida, esta madrugada, a 70 quilómetros de Lyon (França), fugida desde 2005, era procurada não só pelas forças de segurança de Espanha, mas também pelas de França, país onde foi condenada à revelia a sete anos de cadeia.
Joseba Iturbide, conhecido como "Makarra", foi também detido juntamente com Izaskun Lesaka. Este etarra chegou a França em 2010 depois de ter sido absolvido pela Audiência Nacional de ter a intenção de atentar contra uma zona comercial em Madrid.
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Nascida em Pamplona (Navarra), em janeiro de 1975, Izaskun Lesaka foi acusada de pertencer à juventude radical basca, Jarrai-Haika-Segi, e, em fevereiro de 2005, após ter faltado à audiência, foi decretada uma mandado de busca e detenção contra si e contra Asier Tapia, que também não compareceu em tribunal.
O procurador do processo pediu a aplicação de uma pena de prisão de 14 anos por pertencer à ETA, refere a agência noticiosa espanhola Efe.
Segundo as forças de segurança, Izaskun Lesaka poderá ter sido a mulher que leu o comunicado da organização separatista basca, em que se anunciava o fim dos atentados.
A 25 de janeiro, o Tribunal Correcional de Paris decretou penas de entre oito e quatro anos de prisão a cinco membros do aparelho da organização, três dos quais presos desde 2007.
A maior pena, de oito anos de prisão, foi decretada ao veterano Juan Cruz Maiza Artola, que já tinha sido condenado, por três vezes, na França a, respetivamente, 17, nove e sete anos. Artola viu depois ser-lhe decretada a pena única, em cúmulo jurídico, de 20 anos de prisão.
A segunda pena mais dura, de sete anos, foi precisamente para Izaskun Lesaka Argüelles, enquanto Iratxe Sorzabal foi condenado a uma pena de prisão de seis anos.
Segundo as conclusões da acusação, que os juízes consideram dado como provados, os cinco condenados estiveram associados a uma casa da ETA descoberta em finais de agosto de 2007, no centro de França.
Este local tinha servido de "laboratório de experiências químicas", utilizado para o fabrico intenso de tetranitrato de pentaeritritol, substância essa que figurava como o principal elemento dos explosivos usados pela ETA em 11 atentados entre 2007 e 2008.