Rejeitados por Itália e Malta, 600 migrantes resgatados pelo navio Aquarius chegaram a Valência depois de 9 dias no mar e meses a viajar para chegar à Europa.
Corpo do artigo
Os migrantes e refugiados resgatados pelo Aquarius que chegaram este domingo a Valência tinham mais doenças e ferimentos do que se estava à espera. A explicação é das autoridades de saúde, mas nem a débil condição de saúde de vários travou a alegria que surgiu a pisarem terra.
A porta-voz em Espanha do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Maria de Jesus Vega, adianta à TSF que "à medida que o primeiro barco se ia aproximando notava-se que os migrantes estavam com muita alegria: ouvimos os cânticos, os aplausos... a emoção! Vinham com cara de expectativa, por um lado, e alegria por pisar terra depois de tantos dias no mar".
TSF\audio\2018\06\noticias\17\nuno_guedes_catarina_coimbra_aquarius_12h
A festa de quem chegou a Valência é reproduzida num vídeo publicado no Twitter por Óscar Corral, repórter de imagem do El Pais que estava dentro de um dos três barcos quando este chegava ao porto espanhol.
1008247434068353024
Entre os migrantes e refugiados há crianças, irmãos pequenos e várias mulheres que a ONU acredita que foram vítimas de exploração sexual pois estiveram na Líbia e caíram em mãos de traficantes. "Acreditamos que algumas podem ter sido vítimas de exploração sexual e há raparigas muito novas de 15 ou 16 anos que levam quase um ano de viagem", conta Maria de Jesus Vega.
À espera dos cerca de 600 migrantes estavam mais de dois mil técnicos, sobretudo de saúde. O ACNUR já encontrou vários doentes e feridos, sobretudo pelo contacto com o sal e o gasóleo dos barcos onde viajavam antes de serem resgatados.