Tanto a Alemanha como a França prometeram hoje apoio ao novo primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, nos esforços para sair da crise.
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A chanceler alemã, Angela Merkel, prometeu hoje ao novo primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, que a Alemanha apoiará a Grécia nos esforços para sair da crise.
«Fico satisfeita com a nossa colaboração e asseguro-lhe que a Alemanha vai apoiá-lo, bem como ao povo grego, nestes tempos difíceis, para responder aos desafios comuns na Europa e na zona euro», escreveu Merkel num telegrama de felicitações enviado ao chefe do governo grego e divulgado em Berlim.
Também o presidente francês Nicolas Sarkozy saudou hoje a tomada de posse do novo chefe de Governo e disse esperar que a Grécia leve a cabo as reformas que permitam ao país voltar a crescer.
«França, amiga da Grécia, continuará a dar o seu apoio e assistência para levar a bom porto as reformas estruturais, que permitam ao seu país recuperar o caminho da competitividade e do crescimento», disse Sarkozy, numa carta a Papademos, que a presidência da República francesa hoje divulgou.
«Neste período crucial, quando tanto está em jogo, estou certo que estará decidido a tomar todas as medidas necessárias para que a Grécia continue a desempenhar plenamente o seu papel numa Europa forte e unida, fiel aos seus ideais», disse Sarkozy, dirigindo-se a Papademos, que hoje substituiu na chefia do executivo grego George Papandreou.
O chefe de Estado francês saudou também a constituição, na Grécia, de «um governo de ampla união para garantir a aplicação plena do acordo de 27 de outubro» e as medidas a dotar na sequência deste acordo entre os 17 estados da zona euro, que reduz a dívida da Grécia em cerca de 50 por cento e atribui ao país um novo resgate, de 130 mil milhões de euros.
O acordo do mês passado, no entanto, exige a Atenas mais medidas de austeridade, sendo que os dois anos de aperto de cinto que o país já leva causaram a recessão e provocaram a queda do executivo de George Papandreou, que se demitiu a meio dos quatro anos de mandato.
O novo governo grego de unidade nacional, que mantém Evangelos Venizelos como vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, governará o país até às eleições antecipadas, previstas para 19 de fevereiro do próximo ano.