A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã tem mantido conversações com a sua homóloga francesa e com o secretário de Estado norte-americano, entre outros, sobre a questão do Níger.
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A Alemanha quer que a União Europeia (UE) imponha "sanções" aos autores do golpe de Estado no Níger, anunciou esta quinta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão.
"Na sequência da suspensão da cooperação para o desenvolvimento e segurança, queremos introduzir sanções da UE contra os golpistas", escreveu a diplomacia alemã, na rede social X (antigo Twitter).
Dazu, wie wir die Bemühungen von @ecowas_cedeao am besten unterstützen können, haben @SvenjaSchulze68 & @GERonAfrica in Abuja Gespräche geführt. Nach Aussetzung der EZ & Sicherheitskooperation wollen wir in der EU nun Sanktionen gegen die Putschisten auf den Weg bringen. 2/2
- Auswärtiges Amt (@AuswaertigesAmt) August 17, 2023
Nos últimos dias, a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, manteve conversações com a sua homóloga francesa, Catherine Colonna, e com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, entre outros, sobre a questão do Níger, segundo o ministério.
Em visita à Nigéria, a ministra da Cooperação para o Desenvolvimento alemã, Svenja Schulze, manteve "conversações em Abuja para ver a melhor forma de apoiar os esforços da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental]", acrescenta.
"A Alemanha apoia os esforços africanos para resolver a crise no Níger", acrescentou.
Os chefes militares dos países da CEDEAO iniciaram esta quinta-feira uma reunião de dois dias em Acra, no Gana, para discutir uma eventual intervenção militar na sequência do golpe de Estado no Níger.
A reunião tem lugar após os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO terem ordenado, há uma semana, a "ativação" da "força de reserva" do bloco regional, embora também tenham garantido que continuariam a apoiar o diálogo para resolver a crise.
Até ao momento, a junta militar de Niamey ignorou as ameaças e, além de nomear um novo primeiro-ministro, formar um governo de transição, reforçar o seu aparelho militar e fechar o espaço aéreo, avisou que o uso da força será objeto de uma resposta "instantânea" e "enérgica".
Uma eventual ação militar dividiu a região, com os governos da Nigéria, do Benim, da Costa do Marfim e do Senegal a confirmarem claramente a disponibilidade dos seus exércitos para intervir em território nigerino.
Em contrapartida, o Mali e o Burkina Faso - países também liderados por juntas militares - opõem-se ao uso da força, enquanto a Guiné-Conacri, a Argélia, o Chade e Cabo Verde manifestaram igualmente a sua rejeição e preferência pelo diálogo.
O golpe de Estado no Níger foi conduzido em 26 de julho pelo autodenominado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria, que anunciou a destituição do Presidente, Mohamed Bazoum, e a suspensão da Constituição.