A Alemanha vai vetar a entrada da Bulgária e da Roménia no espaço Schengen, se estes dois países pedirem para a ele aceder, na reunião dos ministros da União Europeia desta semana, advertiu hoje o ministro alemão do Interior.
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«Se a Roménia e a Bulgária insistirem em obter a votação [na reunião], a tentativa vai fracassar, por causa de um veto da Alemanha», declarou Hans-Peter Friedrich numa entrevista à revista Der Spiegel, a publicar na segunda-feira.
A opção de apenas considerar zonas como as entradas dos aeroportos e dos portos, também não será abordada, acrescentou.
Os ministros da Justiça e do Interior da União Europeia devem reunir-se na quinta-feira, para discutir esta questão.
Apesar de o relatório anual da União Europeia (UE) apontar progressos nos esforços da Roménia e da Bulgária, para integrarem Schengen, o espaço de livre circulação que conta atualmente com 22 dos 27 membros da UE, Friedrich estimou que estes dois países devem lutar "com ainda maior firmeza" contra a corrupção.
«A expansão da área de Schengen só é aceite pelos nossos cidadãos se as condições fundamentais exigidas forem asseguradas. E não é esse o caso, neste momento», insistiu o ministro alemão.
Qualquer tentativa de alargar a área do espaço Schengen, no qual 400 milhões de europeus podem passar as fronteiras sem passaporte, deve obter a aprovação de todos os países.
A Roménia e a Bulgária, que esperavam entrar em Schengen em 2011, depararam-se, então, com a oposição de vários países, entre os quais a Holanda, que exigia mais progressos na reforma da justiça e na luta contra a corrupção.
O primeiro-ministro romeno, Victor Ponta, declarou, no sábado, que a entrada do seu país no espaço Schengen deixará de ser uma prioridade para o seu Governo, se for adiada na reunião dos ministros da UE.