Na Alemanha, uma das deputadas eleitas pela AfD recusa sentar-se com os outros membros do grupo parlamentar do partido, que acusa de terem posições "agressivas".
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Uma das dirigentes da Alternativa para a Alemanha (AfD), o partido nacionalista e anti-imigração que conseguiu nas eleições de domingo entrar para o Parlamento alemão, recusa sentar-se no grupo parlamentar devido a posições do movimento que considera agressivas.
"Decidi, depois de uma cuidadosa avaliação, não me sentar no grupo parlamentar" do partido no Bundesta (o parlamento alemão) disse Frauke Petry, numa conferência de imprensa em Berlim, juntamente com outros líderes do movimento de extrema-direita.
A copresidente do AfD, que se levantou da sala sem esperar as perguntas, explicou que os desentendimentos dentro do partido não são um problema quando se está na oposição, mas quando se quer chegar ao governo, o que é o seu objetivo.
A AfD, com apenas quatro anos, centrou a campanha nas críticas a Merkel e à decisão de, em 2015, autorizar a entrada de um elevado número de migrantes na Alemanha.
Alice Weidel, uma das líderes do partido, disse que irá envolver-se numa "oposição construtiva", mas o colíder Alexander Gauland foi mais severo, prometendo "recuperar o país" e "perseguir" Merkel.
A chanceler Angela Markel venceu as eleições com 33% dos votos, menos do que os 41,5% conseguidos há quatro anos.
Em segundo lugar, com 20,5%, ficou Partido Social-Democrata (SPD), que já veio dizer que pretende posicionar-se na oposição.
Em terceiro lugar ficou o AfD, 12,6% dos votos, tornando-se no primeiro partido à direita dos conservadores a entrar no parlamento em 60 anos.
Para formar Governo, Merkel estuda agora uma coligação entre conservadores, liberais e verdes.