O Alto Comissariado da Saúde admitiu, esta terça-feira, estar à procura de soluções ao abrigo da lei para financiar as deslocações de organizações não governamentais da área VIH/Sida a conferências. Estas deslocações não têm um sistema de financiamento próprio.
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O Alto Comissariado da Saúde admitiu hoje, conforme foi noticiado pela agência Lusa, estar à procura de soluções, no âmbito do novo quadro legislativo que respondam à falta de financiamento autónomo para as deslocações de organizações não governamentais da área VIH/Sida a conferências.
Várias ONG criticaram a falta de pagamento de uma bolsa da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida que custeasse deslocações a conferências mundiais.
A Liga Portuguesa contra a Sida admitiu mesmo não ter ido ao México por «falta de fundos» e outras organizações dizem terem conseguido ir através de patrocínios privados.
Está a decorrer, neste momento, uma conferência no México sobre a possibilidade de se adoptar a circuncisão masculina em África como método de prevenir a Sida, neste que é o continente mais afectado pela doença, com 24,5 milhões de infectados.
A ONU está também a tentar acabar com as restrições de viagens a seropositivos.
O secretário-geral das Nações Unidas defendeu, esta terça-feira, que os governos devem acabar com as proibições de viagens a pessoas infectadas com Sida, de modo a acabar com esta medida, considerada discriminatória.
Ban Ki-moon afirmou que há ainda 11 países que restringem as viagens a doentes com Sida, e defendeu que «a liberdade de viajar está protegida por todas as constituições do mundo, incluindo a do meu país», referiu o secretário-geral sul-coreano.